terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Floresci


Engraçado como a vida é, como nos surpreende as vezes. Eu sou uma garota que, não esperava nada para mim esse ano. Até meu horóscopo dizia que seria um ano de mesmice. Não esperava nada, ao colocar os pés em uma nova escola e deixar todas as metas que construí guardadas, escondidas em minha timidez. A verdade é que, nunca percebemos quando estamos realmente envolvidos, seja em uma causa ou com determinadas pessoas. Minhas metas iniciais eram: notas altas e bajulação dos professores. É um sério risco admitir, mas nunca me imaginei rodeada de amigos. Nunca me imaginei indo na casa de pessoas quase que constantemente. É engraçado como a vida é, ela não te diz que ainda existem pessoas boas por aí.
Eu não esperava ter de sair de um conforto, conhecido como "neutro", onde naquelas briguinhas de sala de aula, você tem dê escolher um lado. Esperava ter amparo das antigas pessoas que andavam comigo, desejava estar com elas todos os dias enquanto estava em sala de aula. Isso é assustador, sabe? -- Depender tanto de pessoas. Eu não cheguei a imaginar o dia em que, eu não precisaria mais dessas pessoas.
Você consegue ver quando tudo mudou? Eu não vejo. Eu só sei que na confusão do tempo, eu tive que me apegar a alguém. Cômico, esse alguém ser eu mesma.


sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Smells like teen spirit.

"Não, de novo não. K, não!" - Digo a mim mesma, com vontade de arrancar meus cabelos. Com vontade atacar meu celular longe, e tirar todas as coisas que me fazem lembrar de "ilusão" no meu quarto. Principalmente, os artefatos do Nirvana. - Droga, Kurt Cobain, odeio te amar!
Eu sou aquela garota, que você pode achar estranha no começo, mas no fim, se gostar, se apega. Tenho tendência a encontrar pessoas com o sobrenome "problema", ou "suicida". Tudo a mesma coisa, não?!
Mas chega uma hora, que tudo se desgasta. E você se cansa de ser apoio para as outras pessoas, e quer ser apoio para si mesma. Mesmo que tenha que ser "a vela" do encontro com amigos, mesmo que doa ver todos ao redor com alguém. Mesmo que doa. É o que eu digo a mim mesma, para não cair ao pedaços. Mesmo que doa vê-lo com outra, em fotos, na portaria do Prédio, em suas palavras ditas em alto e bom som, mesmo que doa. É a vida, e você simplesmente segue.
"Está no prédio? Se sim, desce aí." - ME DEIXA EM PAZ, é a minha resposta gritada, para uma tela de celular.
"Em 10 minutos estou aí." - burra eu, prazer.
Desgaste. Olho o reflexo do espelho, e é isso que eu vejo. Desgaste, não mais.
Geralmente, me sinto ansiosa para sair, ir ao curso e ver a cidade toda em movimento, mas hoje só estou afim de me afundar na cama e dormir. Dormir por anos. Mas, não posso, fugir é bobagem, então, enfrento.
A portaria é como um ponto de encontro para todos os moradores que tem menos de 19 anos se encontrarem. E esse é o primeiro passo para a minha liberdade, passar pelo grupinho de garotos que conquistam tudo com um sorriso. "Eles vão me encarar, eu vou tropeçar, eu vou... Eu acho que vou voltar... Não!" - Ergo a cabeça, e vou. 
E sabe qual é a tática? Fingir que está falando ao telefone, que é importante. Sim, essa é a tática. Obrigada Miga V.
"Alô, V? Oi, eu já estou indo. Me desculpa, não vou mais me atrasar." - Olho para o lado e balbucio uma desculpa a ele, que dá de ombros. Como se não desse a mínima. Eu queria ter esse mesmo sentimento, gostaria de não dar a mínima. De vomitar todas as esperanças que alimentei. Mas é difícil. - "Eu sei Victor, nunca mais faço isso. Te prometo. Não me atrasarei mais. Não vou perder tempo." - Eu queria alimentar meu ego, deixá-lo tão cheio a ponto de vomitar qualquer coisa que viesse antes dele. Para isso, chamei minha amiga de Victor. Ela vai entender. Então, antes de abrir o portão para sair, eu olho para ele, que me nota e ri - "Não vou perder tempo, eu vou vomitar no caminho. Vomitar as ilusões." - É, meu show acabou por aqui.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Ah, primavera!

Eu costumo contar meu tempo de vida conforme as estações do ano. Me recordo da minha primeira primavera, onde os campos de flores ao meu redor me encantavam de tal forma, que nada me tirava atenção daquela beleza. Eu estava extasiada, e feliz.
Até chegar o Verão.
Não sou muito fã do calor, confesso. Porém, toda a minha energia era sugada por dois sóis, que brilhavam todas as vezes que miravam seus raios em minha direção. Eu sentia que ficaria queimada, mas não me importei. Eu ficaria marcada, mas em minha cabeça, acreditava que poderia me curar com o tempo, e todas essas marcas, com facilidade, sumiriam. Nem mesmo no mormaço, aqueles olhos de um castanho tão claro, tão intenso, deixavam de me marcar, de me transmitir calor, e coisas boas. E sensações boas. E emoções novas. A cada dia do verão eu era queimada. E para minha surpresa, eu gostava. 
Até chegar o Outono.
Folhas caiam em minha janela, laranja era a cor predominante em toda a região. Me sentia sortuda em ter um sol ao meu lado. Mesmo que não fosse sempre. Eu o sentia. Podia ver no espelho, minha bochechas rosadas, meus cabelos castanhos escuros, que costumavam ser pretos, minha pele morena, bronzeada. Eu via, eu o via. E sei que ao olhar para mim, ele se via. Eu me sentia sortuda, mesmo que a ventania da estação aparentasse o levar para longe, eu o sentia.
Até chegar o Inverno.
Eu não sentia nada, só frio.

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Eu e eu mesma.

Era uma vez, uma pequena garotinha, tão meiga e fofa.Acreditava em amor,e na religião. Gritava ao mundo o que era paixão,sem saber se tinha razão, afinal, ela nunca tinha realmente vivido uma.Seus pais apostavam tudo em si, até a própria vida. E a garotinha em forma de gratidão sempre sorria. Ela grata, até pela pessoa que não gostava dela, ela era grata.
Mas conforme sua forma, corporal e mental se desenvolvia, ela não entendia. "Tanto amor a mim, que sou assim, feia por fora e feita de pedra por dentro?", seus pais diziam que o mundo poderia ser dela,se acreditasse. Ela sorria, agora não mais em forma de gratidão, mas sim de perdão.
Suas lágrimas todas as noites escorriam, fazendo seus cabelos negros grudarem no rosto e muitas vezes se enroscar no aparelho. Lembrava dos olhos do pai, que gritavam "MEU DEUS MINHA FILHA, O QUE QUER DE MIM?", ela se sentia mal, pois nem ela sabia. "Talvez eu queira amor, talvez eu queira alegria. Ser plenamente feliz", abraçada ao travesseiro a garota murmurava, até no sono cair.
Todos os dias, se levantava para ir a escola, com relutância. Ela praguejava todo o caminho. Odiando isso e aquilo. Ao pisar na escola, sentia sua cabeça dar um giro de 360º. Ela sentava em sua mesa, e de cabeça baixa se questionava -"O que faço aqui?"- mas nenhuma resposta concreta se formava. "Pelos meus pais, pelo meu futuro", era muito vago. Então, como se a vida fosse justa, ela repara em um espião. Vendo seu sofrimento. Sem questionar ela se interessa por aqueles olhos claros, porém dura até a página dois. As coleguinhas dele aparecem, bonitas e bem vestidas. Sua "bad" volta, ela ri em forma de deboche, e encara aquela turma que parece ser tão descolada, por um momento desejando ser como eles, pois parecem se encaixar. Seu olhar baixo não atrai a atenção de ninguém, só a faz amar seu all star surrado, ela sabe, ela se encaixa no seu mundo e não no deles. Enfim, a garotinha tão meiga, fofa e com um pico de depressão foi salva.

Nesse conto, não teve fada madrinha, ou príncipes encantados. Apenas uma garota que aceitou a vida imperfeita que tem, desejando ser apenas a melhor pessoa do mundo, ela mesma.

domingo, 10 de maio de 2015

Resenha: Trilogia Legend, os opostos perto do caos.



Faz um tempo que li essa trilogia, e sinceramente, é a minha favorita. Já li Jogos Vorazes (só o primeiro), e Divergente. E nenhuma das personagens me cativou igual a June!
A narrativa do livro vai sendo modificada, entre a mocinha (June) e o "ladrão" (Day). No primeiro livro June busca vingança, e encontra o amor. Day busca a salvação da sua família, e encontra uma possível pessoa para chamar de sua. Já no segundo livro, os dois buscam uma solução, porém encontram os opostos perto do caos, e a necessidade pessoal, é apenas salvar o outro. Claro, existem outras pessoas na trama, que aparecem, muitas vezes no foco, e depois esse foco é passado para os principais. Como em Champion, a busca pelo irmão de Day se torna crucial na trama, mas a autora nunca nos faz esquecer de June e Day, desse romance complexo e belo deles.
Eu realmente amo Legend, muito. Eu quero que você leia, e se surpreenda. Depois você pode comentar aqui, que ama muito também.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Ele é o cara certo, eu sou a menina errada.


Como viver ao drama/clichê "eu não sou o cara certo para você"? - São tantos términos com essa frase, que em filmes e séries está exposto essa cena, em um tempo chuvoso, para ficar mais melodramático. Mas o que ninguém te diz, é que na frase "não sou o cara certo para você", está subtendido "você é a garota errada para mim". 
E parece que o mundo cai. Tudo a sua volta se torna um borrão, pois sua mente grita, berra, dizendo que ele é o cara. Aquele futuro, logo ali, era ele. Seu riso se vai, essa frase te abala, mas cabeça erguida garota, a vida é dura porém bela.
A verdade é: se você não é a garota, ele não é, e nunca será, seu futuro. Pois seu futuro te dará bom dia, todas as manhãs com um sorriso, e ao cair da noite dirá "durma bem", fará surpresas em uma tarde de domingo, enquanto estiver no sofá jogada, comendo chocolate. Seu futuro será viver, e amar.

#DicadoDia: Irá parecer meio bobo, mas se seu coração está naquele mais vai do que vem, use uma arma chamada Britney Spears. As músicas dela fazem você dançar, e te deixa leve, talvez (risos).

domingo, 15 de março de 2015

Introdução.


Taylor sim, á amo sim.
Olá, como vai você? (Pc Siqueira feelings).
Sou nova por aqui, ou seja, prazer. Victória!
Se você se pergunta do que se trata esse blog, saiba que eu me olho no espelho todos os dias e me faço a mesma pergunta - "do que se tratará meu blog?" - e a única resposta que me vem a cabeça é "tudo". Mas eu sempre acho que é uma resposta muito vaga, e ao mesmo tempo, com grande intensidade.
No dicionário, "tudo" representa "a totalidade do Universo". E fazer esse retrato, é um pouco difícil. Ou seja, o tudo que representarei, será do meu Universo. Meu particular.
É um prazer, yeah!